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Músicas

por Isabel Paulos, em 31.03.20

 

gira-discos.jpg

*

Vamos, nostálgicos. Toca a ligar o gira-discos. As músicas de cada ano.

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Apetites

por Isabel Paulos, em 31.03.20

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*

É isso mesmo. Podes consultar no google que não encontras essa expressão. E tu insistes em usar expressões e palavras que ninguém usa. Insisto. Ainda que sejas alvo de chacota? Ainda. Ainda que esteja em absoluto desuso ou ninguém tenha ouvido? Ainda. Porquê? Por isso mesmo e porque me apetece. É por isso. Já agora podias ter usado travessões. Podia, mas não me apetece. Ou itálicos, sei lá. Sim, ou metálicos. Até amanhã. Boa noite.

O respeitinho unidireccional

por Isabel Paulos, em 31.03.20

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Uma coisa são as palavras de encorajamento e respeito por gente que está a trabalhar e a tentar fazer o seu melhor, outra muito diferente é a defesa do respeitinho que tenta proibir a exposição de incoerências, por facciosismo e defesa cega de personalidades ou ideias, ainda que seja patente que o discurso não bate certo com os factos. E ainda que possam ter consequências graves.

Percebe-se o quão errado é esse respeitinho por ser unidireccional.

Registo telegráfico

por Isabel Paulos, em 31.03.20

 

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Ergui mais cedo. Dia produtivo com computador e o wireless a colaborar. Tudo afinado. Saída rápida ao supermercado. E, no fim do dia, a tosquia ao pianista da casa. Tomei-lhe o gosto: estou apta a candidatar-me a uma barbearia quando reabrirem. Posso imaginar a cara e os comentários dos barbeiros daqui a dois ou três meses (e não quero discutir as previsões estatísticas da coisa) quando começarem a receber as vítimas dos amadores da tesoura.

Passear

por Isabel Paulos, em 31.03.20

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Vamos até Campo Maior?

Boa noite

por Isabel Paulos, em 30.03.20

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O veneno dos nossos dias

por Isabel Paulos, em 30.03.20

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*

Vejo a inveja, o desprezo e a estupidez florescerem a olhos vistos pelos espaços cibernéticos. Sempre houve gente assim, mas quanto mais medo inconsciente têm, mais disparam em todos os sentidos. Trepam pelas paredes e consomem o juízo a quem com eles convive. Dissimulados e agressivos, os mais letrados escudam-se atrás de argumentação lógica e aparentemente válida. Sucede que a esta lógica falta a bondade de quem pensa tentando conhecer as causas das coisas e todos os conflitos de interesse, na ambição de encontrar o ponto de equilíbrio, o bem (maior) comum.

Mas disso nada sabe a gente que descobre a pólvora todos os dias, a todo o momento. E que se considera visionária: pronta a fazer chegar a luz aos ignorantes que aproveita para destratar por pura recreação. Gente muito contente consigo própria. O veneno dos nossos dias.

É gente capaz de tudo, incluindo atraiçoar a quem acabou de lamber as botas.

Cercos

por Isabel Paulos, em 30.03.20

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Desembarque no Mindelo.

*

Lá está. A referência oitocentista de ontem não era descabida (o vagar é engenhoso e as associações são livres, ainda): cento e oitenta e oito anos depois, eis o novo cerco.

Acho significativo que neste ambiente e a este propósito se destaquem nas redes sociais comentários que começam por 'kkk' (risos).

Alegoria da Vaidade

por Isabel Paulos, em 30.03.20

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alegoria da vaidade.png

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Antonio Pereda y Salgado. Google Arts & Culture e Meisterdrucke.

Humanidade

por Isabel Paulos, em 29.03.20

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Todos temem o carácter imprevisível da natureza. Mas esquecem-se – de tão anestesiados andam com as ciências sociais – que o mais imprevisível de todos os elementos da natureza é o ser humano.

Dissonância

por Isabel Paulos, em 29.03.20

relógio de sol.jpg

*

Em certos dias revivo o século passado. Na verdade, tenho a impressão de ainda não ter despegado da época oitocentista e festejado a chegada ao século seguinte. Rio e digo que sou muito mais velha do que as gerações que me precedem e, por isso, continuo a varrer a casa com vassoura e a achar as mopas um atentado de desperdício.

Não há como ignorar. Nem quero. Cresci e amadureci (não muito, vá) a prezar os relatos, as paisagens e as gentes d’outros tempos. Estimo-os tanto quanto os contemporâneos com quem convivo. Alguns parecem-me, aliás, mais próximos. Sento-os comigo na sala e conversamos. Educam-me, resmungam e riem comigo. Até que os levo à porta, porque se faz tarde e tenho o presente alheio para viver ou o jantar para fazer.

Noutros dias recordo como comungava da modernidade acelerada e sofisticada. E como era empenhada e convencida das razões e convicções sem querer saber se eram as minhas. Às vezes, estas são as recordações do agora, deste instante. O curioso mundo surge-me ao contrário. Faço história do presente (ou do futuro, mas não vou complicar já) e vivo e sinto no passado (ou no futuro).

Diz o pedagogo que devemos aprender com o passado - com a história -, e tirar lições para o presente. Mas como? Faria sentido se presente e passado não se invertessem como me acontece de facto. Preciso sim de aprender com o presente. Mas não com um qualquer.

Componho as ideias no tempo que quero e não no que me é dado. Para seguir a corrente do rio está pronta a multidão. Sou como o peixe que sobe o rio para desovar. Sufoco claustrofóbica presa no tempo alheio, esse presente alienado e desaustinado que não escolho.

Nem sequer quero o amanhã que acalentei a sonhar e me fez suspender a vida inteira no presente que rejeitei. Não quero saber do presente ou futuro alheio, que não sabe o que quer da vida, nem de si nem dos outros.

E há dias em que recordo ou vivo o futuro, conforme o desejo se concretizou ou não. Como num passe de mágica faço o truque dos idiotas felizes, e fundo-me no amanhã como se ficasse todo ao meu alcance e parte dele bastante vivido e até sofrido.

A cura

por Isabel Paulos, em 28.03.20

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*

 

Não posso

ser quem quero

sequer saber

quem sou

e no que

creio.

 

Não digo

nem quero dizer:

é impulso

e aperto.

Consome

o dito

sentido,

por arames

preso

no pensamento,

corre solto

mas não livre.

 

A cura

há-de vir

esquecer

e refrear

o sentido

não dito;

escrito.

 

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Ouçam

por Isabel Paulos, em 28.03.20

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Ouçam isto, por favor. Obrigada ao Vorph Vaknut pela partilha.

A ponte

por Isabel Paulos, em 28.03.20

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Era o passado dia sete de Março. No dia anterior tínhamos estado na Meet Vincent van Gogh. Comoção total para mim. Daquelas que embarga a garganta ou, no caso, os dedos, por isso nem vale a pena adiantar mais nada. Depois, nessa manhã afortunada, passámos na Gulbenkian para ver a colecção do fundador e a moderna.

Almoçamos e partimos os dois para a margem sul. A minha mãe pôs-se a caminho da baixa e do Martinho da Arcada para matar saudades do tempo em que viveu em Lisboa. Há mais de cinquenta anos. Nós apanhámos trânsito. Muito.

Foram poucos os minutos para quebrar o gelo ao som da sanfona brasileira antes de atravessar a ponte em Uber nordestino, com motorista violeiro. E vieram à baila, cada um por sua vez, com o cicerone a procurar na sua colecção: Marcus Viana, Alceu Valença, Ivan Lins, Sérgio Reis,  Luís Gonzaga e Gonzaguinha, Elba Ramalho, Almir Sater. E com ele entrámos em Almada ao som de Tocando em Frente, cantarolada a três vozes, quatro se contarmos com a voz saída das colunas.

À saída do carro, trocas de cumprimentos e galhardetes e um inesperado: foi um prazer inenarrável, com sotaque nordestino. Ah, gente boa. O gosto foi todo nosso.

Na outra banda, casa de alentejanos. Café. Guaraná e torresmos com pão. Memórias antigas várias de sucuris e coral. Tatu, beija-flor, gambá e bem-te-vi. Modinhas alentejanas na guitarra fanada de uma corda, que o dono dos acordes e filho da casa há muito abalou para o Porto: Meu lírio roxo do campo, Era o vinho, Abalei do Alentejo. E alguns fadinhos: O Embuçado e Guitarra toca baixinho. Risos, sorrisos, avós, pai e filha. E um até ao meu regresso. 

Queda do Império - Vitorino

por Isabel Paulos, em 28.03.20

Escolha do Vicente.

Pronúncia do Norte - GNR e Isabel Silvestre

por Isabel Paulos, em 28.03.20

Escolha da Margarida.

Passear

por Isabel Paulos, em 27.03.20

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Estou a precisar de um jarro de água. Vamos a Monsaraz?

Instantâneos

por Isabel Paulos, em 26.03.20

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Um empresário habituado a lidar com números astronómicos, debaixo de uma ramada dentro de um parque industrial, a abrir uma lancheira. Almoça enquanto faz contas aflitas à vida.

*

Uma reformada limpa as janelas de casa, tentando não olhar muito para a rua, para a liberdade que perdeu.

*
Uma mulher em teletrabalho arranja-se, põe o anel e o relógio antes de ligar o computador, sente o sol e o silêncio entrar em casa e faz de conta que tudo é normal.

*

Um punhado de operários das obras esperam, em semicírculo e respeitosa distância, à porta da padaria para tomar um café.

*
Um muito jovem e uma muito jovem caixas do supermercado trocam sorrisos e gracinhas enquanto atendem delicados e atenciosos os clientes que chegam assustados.

*
Mais um bebé nasce numa notícia de jornal. Filho de mãe infectada, mas saudável.

Ouro

por Isabel Paulos, em 26.03.20

OIP.jpg

*

Esta pequena notícia vale ouro.

Waldemar Bastos - Muxima

por Isabel Paulos, em 25.03.20

Escolha da Margarida.

*

Gravação dos anos 50.

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