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Paris

por Isabel Paulos, em 31.05.20

Inscriçoes do Arco do triunfo.jpgPormenor no Arco do Triunfo, Maio de 2005.

Pedro Jóia Trio - Corridinho Alma Algarvia

por Isabel Paulos, em 31.05.20

Corridinho

por Isabel Paulos, em 31.05.20

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Apetece-te fazer um corridinho de pensamentos soltos, despejá-los na folha branca do word, sem preocupações com o que queres ou não transmitir. Sem querer saber qual será o início do texto, as voltas do entremeio, quanto mais do final. Há sempre alguém que te diz: expõe-se demais. É verdade e ninguém mais do que tu sabe isso. Mas não é menos verdade que se fossemos por aí, muito de bom se teria perdido no que se escreveu até hoje. E isto sem a pretensão de te comparares a quem escreve com competência e seriedade. A propósito lembras-te da tentativa de versejar que fazes amiúde. Acabas quase sempre por assumir o texto em prosa, por falta de disponibilidade mental para levar a sério os versos. Terias de ser capaz de reduzir o rompante, o desabafo, a fúria, a paixão a palavras precisas, concisas e limpas. Além de desencantares a melodia. Sem ideia de rima, que essa nunca te atraiu. Já a melodia às vezes vem-te à cabeça e a coisa corre solta e alegre, mas depois há tudo o resto, os palavrões densos que estragam a leveza, os verbos que estão a mais, os artigos que nunca sabes se deves usar ou não, e o todo, às vezes, demasiado yin-yang, muito preto e branco. É curioso que não sabes onde vais buscar a melodia. Sempre foste dura de ouvido além de completamente desastrada no ritmo e coordenação motora. Lembras alegre as aulas de música do ciclo preparatório, nas quais desalinhavas a turma não acertando nos movimentos rítmicos. Já na altura apalhaçavas, na certeza de tirar peso ao handicap. Tal como nas aulas de francês, quando escangalhavas a turma a rir, se a pedido da professora conjugasses o futuro do verbo regarder em voz alta. Eram muitos erres para baralhar e a baralhar não falhavas nenhum. Mais tarde, no Instituto Francês do Porto, tiveste oportunidade de voltar a fazer vergonhas do género, a tentar dizer mer méditerranée. E continuas sem conseguir dizer. Pior que dizer erres, é dizê-los misturados com emes. Uma desgraça.

Mas a poesia atrai-te. Só ela é capaz de dizer tudo numa ou duas palavras. Despir-te inteira, sem as delongas elucidativas da prosa. Na prosa explicas, contas, quase te dissecas a ti e aos outros. Na poesia o mundo consome-te. A ti e aos outros num sorvo só. Como se não deixasse tempo nem espaço para menoridades, para a serradura e limalha. Há muito serrim na prosa. Na poesia os tornos, formões e limas estão afinados e amaciam as palavras até ficarem sem rugosidades que não sejam verdade. E a memória volta à escola e às ferramentas. Madeiras, mecanotecnia, electrotecnia. Quando é que imaginaste que um dia estas disciplinas te iam ser úteis, para além da evidente utilidade prática. Todos devíamos ter umas luzes de oficina para resolver os problemas de ordem prática que vão surgindo. Sabes o que é uma chave inglesa, ou de fendas e estrela, um maço ou nível. Mas tens dificuldade em dividir as palavras em substantivos, advérbios, verbos, adjectivos e quejantes. Ou melhor, se pensares até sabes, mas a coisa não sai imediata por te teres esquecido as categorizações. Ao fim destes anos todos, devias voltar a pegar numa gramática e num prontuário, e procurar saber o essencial. Mas o mundo está cheio de coisas fundamentais para saber.

A prosa continua sem rumo onde te levar. Assim à toa. Pensas no que queres dizer, e nada te ocorre por segundos. Reparas que alguém deve estar a lavar um terraço, por ouvires o esfregar da vassoura molhada na tijoleira. E é Domingo e tens tempo para prestar atenção. Por falar nisso, o texto já vai longo para blog, pelo que o vais dar por terminado, corrigir e publicar. Dez ou quinze minutos depois fica rectificado - com gralhas, o mais provável - e lembras-te de uma conversa de ontem sobre viagens. Cobiças o tema e equacionas a hipótese de esticar este texto. Mas não, fica para mais tarde. Talvez um outro post, quem sabe ainda hoje ou noutro dia próximo, sobre a saudade das viagens. E é mais meia-hora para corrigir isto de novo.

*

Adenda 03/06/20: reli o texto hoje encontrei pelo menos um 'imaginas-te' em vez de imaginaste; uma pouca vergonha.

A diabólica

por Isabel Paulos, em 30.05.20

Espinafres &Grelos.pngelíptica.jpgIogurtes magros.png

 

Estas máquinas de exercício cardio têm um quê de diabólico. Tenho dois dias para deixar de a ver com um instrumento de tortura e passar a tratá-la como uma aliada. De resto voltar as eternas dietas, tentando reduzir substancialmente os hidratos de carbono (a minha tentação e desgraça) substituindo-os por verdes. E ingerir menos calorias. A ver se consigo estendê-las para além das duas três semanas habituais. Perder sete a dez quilos não parece difícil (já aconteceu várias vezes, após o que ganhava mais peso ainda). O drama está em perder todos os outros a mais, mantendo o juízo por vários meses.

Às tantas é parvo dizê-lo, mas estou confiante.

Paris

por Isabel Paulos, em 30.05.20

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Em Maio de 2005, com ar de parva, no Louvre.

Jornais

por Isabel Paulos, em 30.05.20

 

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No pot-pourri de jornais de hoje há palavras corajosas. Notícias que nos deixam expectantes e atentos. E acostumandos, mas nunca resignados.

Bom dia, e bom fim-de-semana.

Passear

por Isabel Paulos, em 29.05.20

salamanca.pngVamos a Salamanca?

Ganha-pão

por Isabel Paulos, em 29.05.20

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A frase «só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.» é atribuída a Samuel Johnson e há variações de provérbios em diversas zonas do mundo expressando a mesma ideia.

Crescemos com ideias muito precisas sobre o que é o bem e o mal e o que é socialmente aceite ou não. Cresci e fui educada, como muitos dos meus compatriotas, a olhar com menosprezo para profissões de ligadas à morte – agentes funerários e coveiros – e à cobrança de impostos e créditos.

É, por isso, com alguma perplexidade que me vejo há catorze anos – dezassete com interrupções – na área financeira, precisamente nas cobranças. Uma das mais malquistas e odiosas profissões. E é assim por estar envolta num manto de mitos e enganos que mantém a generalidade das pessoas a salvo da realidade. Preferem fantasiar, ver o mundo como um filme de gangsters, entre mauzões insensíveis e pobres vítimas.

Há dezassete anos, depois de ter feito estágio de advocacia e ter trabalhado na banca, deixei para trás o meu inviável escritório - que funcionou apenas dois anos e onde fui péssima profissional por falta de gosto, disciplina e talento -, e fui deixando os quatro bancos, onde dei uma perninha, e demais experiências profissionais. Ganhei em conhecer a realidade da justiça, que é um cancro nacional, que não funciona ou opera em prejuízo de quem dela se socorre ou dela é alvo. E em perceber como funciona a banca, que tem todos os maus vícios dos portugueses, mas ainda assim funciona. Nunca tive os chamados bons cargos. Sempre executei, operei, fiz, enfim, trabalhei. Procurando sempre ter os olhos abertos para ver o que me rodeava, não na perspectiva de singrar profissionalmente, mas de perceber o funcionamento das coisas.

Ganhei mais com esta postura do que ganharia de outra forma. Não financeiramente, mas como gente. É certo que talvez tenha conseguido o último emprego por cunha (coisa que no país da cunha ninguém admite), mas conquistei a estabilidade com esforço. Como eu há milhares de profissionais que não riscam, não dão na vista, não estão à espera de mais direitos ou privilégios, nem que estes lhes caiam em cima da cabeça sem mérito, e apesar das baixas renumerações continuam lá, a fazer, a trabalhar e a ver de olhos bem abertos o que os rodeia. E quanta injustiça há no que os rodeia.

Desculpem a presunção, mas se houvesse mais gente a bulir, e menos gente a teorizar sobre a execução do trabalho, sobre todas as tricas e intrigas que não interessam nem ao menino Jesus e, sobretudo, a fazer cera e parlapiê, talvez este fosse um lugar mais fácil para viver. Um dos aspectos que mais prejudica o país é a quantidade significativa de indivíduos que preferem encarar o emprego como um direito adquirido e não como a obrigação de, tão simplesmente, trabalhar e fazer o que é preciso ser feito. A obrigação de produzir. E de sujeitar-se. Sim, temos pena, mas sem sacrifício nada de valor se consegue (sei que dizer isto numa altura que o desemprego aumenta significativamente pode parecer ofensivo, mas há ideias que permanecem para lá das conjunturas). 

Quanto ao resto, cobro. Sempre poderia usar eufemismos como técnica ou gestora de recuperação de crédito - na verdade, o termo usado é collections specialist -, mas hoje prefiro cobradora. E, mais. Há dois anos vendi a minha antiga casa no Porto. E estivemos para comprar uma outra num condomínio em Gaia cuja escritura de compra e venda incluía uma quota na exploração de uma funerária que funcionava no condomínio. Não fosse o negócio ter sido abortado por outras razões e teria sido o pleno: cobradora e cangalheira. Ah, céus. Seria a vergonha completa. Foi uma pena, por um triz.

Mais uma manhã de luxo, a trabalhar ao som destas maravilhas. Ele há vidas boas.

Irritações

por Isabel Paulos, em 29.05.20

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Hoje é dia (em rigor, é noite) de falar daquilo que me encanita. Cada um tem as suas irritações de estimação e não fujo à regra.

 

A desconsideração dos mais velhos.

Tratar os mais velhos como crianças de colo, como pessoas com baixo coeficiente cognitivo ou como parasitas bole-me com o sistema nervoso. Percebo que se seja mais simpático com os mais velhos, que se tenha mais mesura ou mais delicadeza. O que não percebo é que se infantilize a terceira idade. Acho uma atitude estúpida e desrespeitosa. Quantas vezes assistimos aos mais infelizes comentários – atirados do cume da insolência - a desconsiderar os mais velhos. Exemplifico:

Ah, mas um smartphone básico para uma pessoa de idade é mais aconselhável, e ainda temos os de teclas.

Ah, boa. A senhora sabe usar o contactless.

Ah, mas vai fazer a viagem de carro sozinha? E se lhe acontece alguma coisa?

Vai pedir crédito aos 65 anos? Que absurdo.

E há quem assista a estes insultos impávido e sereno por viver numa realidade protagonizada por velhos actores, mas com argumento feito por ganapos que pouco ou nada sabem da vida.

 

A desconsideração das ‘meninas’

Aqui os promotores das ofensas costumam ser homens mais velhos que se consideram bem-sucedidos. É uma raça fácil de identificar por grande parte da sua pose assentar na desconsideração de quem julgam estar uns furos abaixo. A ofensa dissimulada é essencial para continuarem tão contentes consigo próprios, como aparentam. Ninguém daria por eles se não esticassem o nariz e pusessem ar de enjoado ao olhar para as sopeiras, as meninas ou as petulantes. Acham-se importantíssimos por razões várias, ou por serem empresários e terem enriquecido, ou por terem nascido numa família bem instalada e não terem tido de se cansar, ou por se considerarem intelectualmente bem preparados, enfim, há uma infinidade de razões para o ar de presunçoso que apresentam. Na generalidade são pouco mais do que calhaus, mas espertíssimos. Sobretudo, espertos o suficiente para perceber que vivemos num País onde quem abusa é rei e vinga.

Num País dissimuladamente machista, quantas ‘meninas’ não levaram já com estes presunçosos nas faculdades, nas chamadas telefónicas ou reuniões profissionais, ou até em conversas informais entre amigos. O ponto comum é este: o presunçoso parte sempre do princípio que a ‘menina’ que tem à frente é ignorante ou estúpida, coitada. Nasceu mulher e é do tipo que nunca irá longe. Tudo tem que ser explicado como se fosse demente. Pouco importa se a ‘menina’ for bastante mais inteligente, preparada, tiver mais capacidade de trabalho do que o dito cabrão, porque para ele ter sucesso ou ir mais longe é ser parecido consigo, o que corresponde na versão feminina a ser uma cabra. Coisa com que muito fantasiam.

 

A desconsideração das categorias económicas

É um hábito enraizado nos últimos trinta anos talvez. A categorização por escalão económico substitui a divisão do mundo entre ricos e pobres e é tão ou mais ofensiva e redutora.

Não raro vemos os novos cientistas – das ciências sociais – ou os técnicos de marketing a fazer estudos com escalonamento das pessoas segundo critérios económicos ou académicos. Chamemos-lhe: contar as galinhas. Depois a coisa extravasa para os políticos e jornalistas e dissemina-se como um praga.

Não há gente com educação, interesses, percursos de vida e hábitos diferentes. Não. Isso não interessa ao mundo executivo moderno. Os critérios para aferir do sucesso de um cidadão são o rendimento e o grau académico. Ou subgéneros que servem, sobretudo, para apaziguar as ambições frustradas dos catalogadores, como é o caso dos suburbanos, tidos como economicamente desfavorecidos, sendo que podem ter bastante mais qualidade de vida do que os citadinos.

Propostas do PSD

por Isabel Paulos, em 28.05.20

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Lidas aqui.

«O PSD pede ainda que haja “maior celeridade no pagamento dos subsídios sociais” e no “reembolso do IRS”. Além disso, nas medidas estruturais, o PSD defende uma revisão da lei do voluntariado, a melhor da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados ou a “universalização das creches e jardins de infância” e ainda de promoção do teletrabalho

Certo.

*

«O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Adão Silva, apresenta agora outras propostas. O PSD defende que o “layoff simplificado deve ser prorrogado até ao final do ano de 2020 para as entidades empregadoras cujos setores de atividade tenham de permanecer encerrados por determinação legislativa ou administrativa” e para as entidades que tenham a “sua atividade altamente reduzida em consequência da pandemia de Covid-19.»

«Rui Rio diz que o layoff “tem de ser adaptado às circunstâncias” e que “as atividades como os grandes festivais ou os carrinhos de choque, que estão fechados, têm de continuar a ser apoiados”.»

Devem ser apoiados, mas não com o lay-off. Cada coisa no seu lugar. A eterna tendência para as soluções em cima do joelho e para tratar como igual aquilo que não é igual, que mina o desenvolvimento do País.

*

«O partido propõe ainda que seja alargada a “base de beneficiários da tarifa social da energia por forma a abranger as famílias com dependentes a cargo, incluindo as famílias monoparentais cujos rendimentos familiares sejam iguais ou inferiores” ao rendimento mínimo.»

Tretas por medo de assumir a vergonha nacional que é o preço da energia e fazer frente aos interesses das empresas do sector energético. Não é com caridade que se enfrentam e resolvem os problemas de fundo do País.

Léo Ferré - Avec le temps

por Isabel Paulos, em 28.05.20

Bazucazita

por Isabel Paulos, em 28.05.20

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Fica o registo dos preliminares deste plano para recuperar a economia (a par do programa de estabilização com as verbas do Portugal 2020) para mais tarde recordar. Era bom que quem tem voz afinada e audível pudesse ir ajudando a impedir as habituais derivas do dinheiro público. O desanuviar da contribuição para a Segurança Social pelas empresas (apesar de ser sintomático dizer-se que não desequilibra os cofres da SS) e a eliminação temporária do pagamento por conta do IRC parecem boas ideias. Mas este último, tal como o prolongamento do lay-off, deveria ser feito mediante contrapartidas transparentes de real faculdade para manter actividade e rendibilidade. Arranjem-se outras medidas para compensar colapsos.

Na outra mão, até tremo quando leio coisas como «enorme oportunidade para termos uma estratégia de valorização dos nossos recursos naturais» e desconfio do «programa muito forte para corrigir o défice de qualificações no país”, em “robustecer a capacidade industrial”, aproveitar “recursos” e investir nas “infraestruturas em toda a área digital"». Esta conversa por mais atractiva que seja traz más memórias. Afinal estamos a falar de uma bazucazita e não de canhões contra os quais continuamos a precisar de marchar.

Observador

por Isabel Paulos, em 28.05.20

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Só me lixam. Vou à falência por causa desta gente. Isso sim.

Sessão espírita

por Isabel Paulos, em 28.05.20

Bola de Cristal.jpgBúzios.png

Maga Paulos & Vidente Guerreiro, com o curso de astrologia, tarot e vidência conseguido online (a troco de presenças em bares e discotecas na viragem do milénio) e pós graduação em blá blá de Táxi e Uber, a viver no País há mais de 20 anos (um nadinha mais, mas bem conservados), reunem excepcionamente hoje e abrem desinteressada e altruísta sessão espiritual para ajudar a decifrar a bazuca, ou seja, as linhas do destino da chuva dos cerca de 25 mil milhões de euros, que irá assolar o País nas próximas estações. Pressentindo um desassossego iminente nos concidadãos – já manifestado pela exuberante eloquência com que se voltaram a mostrar nas esplanadas das praças portuguesas depois da notícia - vêem-se na obrigação - após terem sido iluminados por entidades de outras dimensões sobre os perigos - de orientar os caminhos desses mesmos pobres e desnorteados concidadãos.

Então.

Avisa a Bola da Maga Paulos que a chuveirada de notas e moedas irá entupir à primeira espichadela a bicha do aspersor, comprada no chinês como resultado ao estímulo do comércio internacional.

E os Búzios do Vidente Guerreiro alertam para a retenção dos valores por tempo indeterminado por decisão do Governo, a fim de que uma comissão a eleger pelo Parlamento, sob o patrocínio da Comissão de Ética e auspicioso acompanhamento pelos Presidentes da Assembleia da República e da dita República, escrutinados pela Comissão Profissional da Carteira de Jornalista após aceso debate nos programa Prós e Contras, possa avaliar e autorizar criteriosamente as despesas orçamentadas.

A Bola da Maga sussurra que, uma vez libertado, o pecúlio será distribuído pelas mais necessitadas e imprescindíveis entidades nacionais. As que mais contribuem para o desenvolvimento sustentado do País. A saber: o Novo Banco, a RTP, a TAP, a CP, a Transtejo, a Rodoviária Nacional, os funcionários públicos, os gestores de empresa primos dos cunhados dos tios dos membros do governo, os investigadores de ciências sociais, humanas e políticas. E, claro, servirá também para fazer face aos caridosos encargos assumidos pelo Estado com as empresas do sector energético, das obras públicas e, em geral, de todas as parcerias público privadas.

Os Búzios do Vidente Guerreiro pressentem ainda as contas e avisam que não irá sobrar para ajudar na sobrevivência das empresas e dos trabalhadores (salvo as de consultoria, que estudam e planificam a distribuição dos fundos). Nem para os esbanjadores reformados da terceira idade que insistem em gastar em bugigangas - como medicamentos, fraldas, papas e raspadinhas - as magnificas reformas auferidas.

Mas a Bola e os Búzios são unânimes em prever que o ânimo dos portugueses estará ao rubro com a Festa do Avante garantida, e quem sabe o Rock in Rio e, mais do que tudo, a bola, gente, a bola – e não é a da Maga – vai voltar e ninguém vai querer saber da porra da crise. Até porque o campeonato possivelmente não acabará na expectativa que o Benfica ganhe. A bem da economia nacional, como nos ensinou um dia esse patriótico guru António Mexia.

*

Consulta sob marcação prévia para as terças-feiras e quintas-feiras das 15:30h (a extenuante tarefa das entidades econo-mediúnicas assim determina) às 19:42h (atendendo à necessidade do restabelecimento das energias despendidas em horário alinhado com os astros).

Luca Little - Shuffle My Hear

por Isabel Paulos, em 27.05.20

Home sweet home

por Isabel Paulos, em 27.05.20

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Numa nesga entre a manhã de trabalho e o almoço digo que bem sei que as Comezinhas andam um pouco ao abandono. Mas está difícil. Hoje há muito para fazer. Nem sequer há tempo para jornais ou outras leituras.

Sempre deixo uma ideia que me apoquenta. Quando acabar o teletrabalho vai ser o fim do mundo. O fim do meu mundinho, vá. Isto de estar em casa é uma alegria imensa. A descontracção, o relaxe é outro. E os tempos, a menor pressão, o fim das corridas das duas idas e voltas diárias e nos intervalos a seca dos supermercados, tudo à pressa.

Só de imaginar que nesta altura do campeonato estaria  numa situação normal nos giros habituais e a torrar na rua com o tempo excessivamente quente (que odeio) percebo o privilegiada que tenho sido.

Sei que é quase heresia dizer isto, mas a Covid para os meus ritmos foi uma benesse imensa. E não preciso inventar desculpas - como vejo ser prática de algumas classes profissionais – para não querer voltar a trabalhar fora. É que isto é mesmo bom. Uma regalia e pêras.

Passear

por Isabel Paulos, em 27.05.20

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Vamos a Valladolid?

Paris

por Isabel Paulos, em 26.05.20

Jardins do Luxemburgo 3.jpgJardin du Luxembourg - Paris, Maio de 2005.

Jargão Covídico

por Isabel Paulos, em 26.05.20

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o nos chegavam as medidas de higiene e o higienizar. Agora temos as medidas de higienização. Daqui a nada é o protocolo metodológico da higienização.

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