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Bom Ano Novo para todos.
As televisões às vezes acertam.
Que o diga a SIC que nos traz pequenos documentários em forma de viagem numa série chamada Comboios do Mundo integrada no Jornal da Noite. Hoje a travessia de comboio foi feita na Nova Zelândia.
Parabéns à SIC.
Esganada de tempo. Dia de tarefas sobre tarefas e pedidos de respostas urgentes. Sempre a dar-lhe, ainda não consegui ler nada nos blogues, muito menos nos jornais. Aproveitei a hora de almoço para ver o tal apartamento, mas tarde demais. Quero um chá, caramba.
Esta noite deu-me um plof, vazio. Nenhuma ideia pegava como os fantasmas de gosma que aderiam ao tecto. Vai daí, fiz um périplo não pouco usual.
Passeei pela página da Marktest para ver as novidades. Portugal está mais velho, apesar da ceifa covídica, ouve mais RFM e Comercial, e a Smooth tem um share de cerca de 3%. Pinta mais o cabelo em casa. A NOS é o maior anunciante e os grandes temas da televisão (quem diria?): Covid, Natal e Futebol.
Dei um pulo à aeiou, tendo lido que o retrato a óleo The Blue Boy, de Thomas Gainsborough, vai voltar a ser exposto 100 anos depois na National Gallery, em Londres, e que os corvos afiam os galhos para assanhar as larvas nos troncos e assim melhorarem o repasto. Por lá gostei do título - faz uso do parêntesis contra todas as regras e utiliza linguagem informal - referente à antecipação da promoção de Gouveia e Melo a Chefe do Estado-Maior da Armada por Marcelo (reafirmo: já dei crédito suficiente com o epíteto de Presidente da República, quem não se dá ao respeito não o pode exigir) para não comprar guerra com o Governo – nada mais definidor do calibre destes políticos: passa-se por cima do regular funcionamento da instituição e da dignidade de quem a dirigia para dar um jeitinho político. O habitual nesta República de povo manso.
No Observador vejo que Rio pontua em duas notícias recentes – fico curiosa em saber como estamos em termos de tempo de aparições televisivas, mais tarde a Marktest dirá -, constato que as fotografias online com mais gostos – no título um arrepiante “mais gostadas" – são as que rodeiam a vida dos futeboleiros Ronaldo e Messi, e das cantadeiras Ariana Grande e Billie Eilish, além de uma estrela nascida num reality show que julgo ser do clã Kardashian. A propósito da Kim e suas irmãs, íamos na primeira década do novo milénio quando descobri envergonhada que estava tão alheada das fofocas destes vultos dominantes da actualidade que não conseguia manter uma conversa de mais de dois minutos com algumas colegas de trabalho. Pelo que à época me impus começar a estudar a matéria inteirando-me destas importantes vidas. Pouco habituada a usar a internet para seguir tais notícias, resolvi comprar semanalmente a TV Guia, que trazia nessa altura tomos do Atlas da National Geographic – mais uma colecção incompleta por só ter aguentado 11 semanas. Ainda assim vénia à Kim Kardashian por este incremento de erudição de intriga e mexerico na minha vida – não há como aspirar a ser um ser humano completo.
O longo artigo Luxury homes, short lets and shacks: inside Lisbon’s housing crisis, no The Guardian, sobre a especulação imobiliária em Lisboa e respectivas consequências.
Há dias em que pensas: e se é tudo em vão? Nesses instantes tens a certeza que valem os vaipes, as empolgações, as cumplicidades genuínas e desinteressadas, as risadas, tuas e dos outros, sobretudo, daqueles a quem queres bem. Vale o que te alegra, faz vibrar e o que és. Não aquilo que sempre querem que sejas em contramão da tua natureza. Sabes bem. Sabes bem que as lições, os remoques, os espartilhos das conveniências e da douta sabedoria nunca preencherão o vão final - o que vales afinal.
Pejada de defeitos sejas aos olhos de quem não têm o hábito de vê-los em si. De resto, vales o que vales. Será pouco, mas não serás nem mais nem menos do que és, e nunca uma candidata a Miss simpatia, Miss conveniente e conivente, Miss controversa ou sarcástica, Miss popular e bem sucedida ou o diabo a quatro.
Aproveitei a época de festas para trocar o serviço de loiça do dia-a-dia - o anterior tinha 15 anos, estava desfalcado, era pesadíssimo e eu estava farta de branco. O tipo de coisas que me traz boa disposição.
No dia em que escrever um postal e não o corrija 10 ou 20 minutos depois, 3 ou 4 horas depois, 4 ou 5 dias depois e por aí fora, faço uma festa.
E pronto, já a velocidade cruzeiro na labuta habitual, depois de três semanitas de (quase) descanso. Comecei a manhã a receber a chamada da imobiliária do apartamento que vi ontem online, o qual se os astros se conjugarem a favor será nosso. O momento alto do dia de hoje foi a vídeo chamada com a dentista. O mundo mudou: agora confirma-se a escolha de alinhadores de dentição no conforto de casa.
Sim, os ventos de mudança entraram por estas bandas: além de estar a trabalhar para perder metade do peso, vou corrigir a dentuça. Mais um retoque aqui e acolá e daqui a dois anos entrarei nos cinquenta como deveria ter chegado aos quarenta (não é que os quarenta tivessem sido maus).
Matérias de suma importância e puro altruísmo – tão em voga nesta época natalícia em que vi desfilar tantas boas intenções de impolutas pessoas - deixam-me pouco tempo para as notícias. Ouvi pelo menos o relato das suspeitas do Ministério Público quanto a negociatas com transferências de jogadores no meu portinho e observações sobre a cleptocracia russa, com os tentáculos estendidos não só ao Reino Unido como a Portugal.
Muito tentada.
(comentário do Nuno: isto assim é como viver em hotéis.)
Bom dia. Boa semana.
Enquanto foram passando por ti ao de leve e se foram centrando nos seus próprios assuntos, na sua própria vida, a tua era adiada ad aeternum distraída que estavas a pensar no todo e em tudo. Devaneando. Definido o que queres e aquilo que com dor queres deixar de gostar, é hora de aprender a alheares-te um pouco dos outros e fazeres-te à vida antes que seja tarde demais.
Novos cómodos para as Pessoas com Pressa, que vão crescendo no intuito de tentar saber mais qualquer coisa sobre o mundo.
Aderi. Estamos prontos para a Ceia de Natal.
Para lá das vidas blogosféricas neste Natal sinto vindo dos outros mais afecto, mais presença, mais atenção. O que sabe muito bem. Tem sido um belo Dezembro. Deus tem sido generoso. Obrigada.
As imagens do Natal, de Jaime Nogueira Pinto, no Observador.
Obrigada Pedro Oliveira pela óptima sugestão.
Em actualização.
Aguardo a publicação dos programas eleitorais para a legislativas de 30 de Janeiro de 2022 do PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Livre.
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