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Já tiveste tantas certezas absolutas. Sobre as alterações climáticas, aborto, regionalização, localização do aeroporto e o diabo a quatro. Os abanões da vida e da compreensão vão mexendo com cada uma dessas convicções e vão sobrando evidências mais ténues, menos absolutas. Sentes-te ofendida de cada vez que reparas que as tomadas de posição irredutíveis servem mais para insultar e exibir preconceitos mútuos entre barricadas do que para defender valores ou o bem comum.
Essa bagunça da consciência em que te transformaste e que em permanência tentas arrumar, pode não ser muito apelativa muito menos galvanizadora, mas é genuína procura da razão e do equilíbrio.
Julgam-na falta de coluna vertical e fonte de perigo para os valores e conquistas civilizacionais. Consideram-na mais conversa de café. Quando é apenas ponderação fora de moda. A constatação dos naturais avanços e recuos da evolução do mundo. O que não invalida estares do lado mais certo.
Face ao perigo, mão forte, pedem. Mente forte, exigem. Fuga em frente?, questionas.
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