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A falta de tema ou inspiração é grande, pelo que há momentos em que aproveito todos os pequenos apontamentos da vida para pensar em voz alta aqui no blogue. Ontem, troquei duas mensagens com um amigo, que me fez chegar uma “discussão” (no sentido de debate) com o Chat GPT acerca de religião e a perspectiva crítica de um filósofo, que não me interessa nomear porque não é o importante. O relevante é que a máquina cortou a conversa, apelidando o meu amigo de intolerante. Ora, estando eu mais próxima dos argumentos da máquina do que dos dele e do dito filósofo, não posso ainda assim aceitar que o calem ou rotulem de intolerante por ter uma visão diferente da minha (e da máquina). Disse-lhe que isso era aterrador.
Ele colocou a hipótese da reacção da máquina resultar da falta de comunicação física, da falta de capacidade para interpretar, por exemplo, uma brincadeira e de sair do alinhamento pelo politicamente correcto. Entendi e concordei. Os melindres nas conversas físicas entre humanos já são tantos por incompreensões e preconceitos e estão tão exponenciados no ambiente online, onde conhecemos pior o interlocutor, agora, passando para os robôs, é ainda mais difícil interpretar os sinais, os subentendidos que a cumplicidade numa conversa humana gera por contraste com a literalidade.
Ainda não experimentei conversar com o Chat GPT (apesar de há mais de 20 anos me ter divertido a conversar com Bots, enquanto "fazia horas" esperando por humanos), a ver vamos se o faço num futuro próximo para entender melhor este mundo que nos cerca e, ao que parece, tolhe.
Bom dia.
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