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Se fosses peça de gente consequente em termos de hábitos de trabalho e inconsciente da delicada trama de que se faz a saúde humana, habilitar-te-ias a escrever lancinante e delirante romance. Mas ainda em fase de devaneio já vais conjecturando: ui, nem pensar, chega uma novela. Aliás, é melhor um conto e não se fala mais nisso. Até por já teres explicado aqui nas Comezinhas que isso de criar produto consumível com base em alucinações, seja porque via sejam provocadas, não é a tua praia. Mas lá que às vezes te passam umas ideias malucas na cabeça, passam. E será que estão todas já vistas e revistas?, tão na moda estiveram sempre os desvarios sem sentido, tantas vezes classificados de muito talentosos e premonitórios. Sabes tão bem que metade do talento e da premonição se deve ao factor sorte, ao alinho com o sopro do vento e afinação dos sentidos, aos quais é alheia a vontade das peças de gente. Ah, genial, diz-se. Genial como o dente-de-leão. Frágil e posta na mão do destino, assim é a criação.
De qualquer forma, fica aqui em modo de agenda, sem carregar o post nessa qualidade: a ver se um dia fazes uma entrada maluca - há quem sorria, pensando: o desafio em ti seria fazer um post que não fosse tolo. Afinal nem romance, nem novela, nem conto, apenas um postal daqueles difíceis de cortar por aproveitar o selo, por se escrever transversalmente sobre o previamente escrito (um dia explico, não sei se já contei). Poderiam ser vários os disparos mentais para uma “história”. Aqui fica a receita de uma hipótese de “história” ao acaso. Ingredientes: Cristo ou demente, a escolher no momento; manipulação de massas e inversão do sentido do poder: todos com acesso ao conhecimento, salvo a peça de gente que desconhece e tem a chave da salvação da humanidade. Visto e revisto, dirá alguém. Talvez não, responderás. E assim fica feito o tal post – apodem-no de preguiça, tu vais baptizá-lo de dente-de-leão.
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