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Falho quanto baste ao escrever, desde erros gramaticais à má acentuação e pontuação, passando pela sintaxe. Escrevo sempre na corda-bamba, cheia de dúvidas e medos. Assumo-o sem pudores por ser estúpido disfarçar. Mas isso não me inibe de notar alguns tiques e manias.
Acho piada à adesão em força a algumas verdades na escrita. A despropósito, na faculdade, vi suceder o ridículo acerca de centuriões e legionários. Já não me lembro bem – aqui é que tinha graça -, mas aconteceu qualquer coisa como isto: um aluno escreveu mal uma palavra – creio que legionário – e eis que numa dúzia de outros exames surge o mesmo erro. Ao reparar nos ditames da escrita veio-me à memória o episódio das cópias.
Se o linguista chama a atenção para um erro, aconselhando palavra alternativa àquela cujo sentido dado estava errado, não se deve assumir que só essa palavra sugerida é válida, usando-o doravante sempre que haja pretexto. Com toda a certeza existe o sem-número de sinónimos para melhor uso.
Se o linguista sugere o minimalismo, não passemos a achar que tudo quanto é singelo é arte e todo o rococó uma aberração. A simplicidade despida de delicadeza ou força será só sensaboria. Mesmo que não se apreciem os torcidos e retorcidos há alguns que fazem sentido e, se bem conseguidos, são arte. O sal e o mel da escrita estão além da técnica.
O que procuro fazer é ouvir e ler quem tenha traquejo na língua e sobretudo, na medida do possível, seguir a máxima da minha avó: para tudo é preciso inteligência. Acrescento: e sensibilidade.
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