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2. Venezuela
Ao dizer o quer que seja sobre a Venezuela há-que fazer um preâmbulo basilar: no início da década contabilizavam-se 400 mil portugueses e mais de um milhão de luso-descendentes. É quanto baste para que os nossos governantes e partidos com representação parlamentar prestem atenção. Seria bom que os representantes da ala mais à esquerda deixassem de viver no mundo da fantasia e percebessem que a sua responsabilidade, como portugueses, é defender os interesses dos seus compatriotas. Para quem nasceu no que se chamava ultramar, escrever isto é chover no molhado, mas fica o registo para ao menos perceberem que não nos comem por lorpas.
O maior drama da Venezuela é ter uma das principais reservas de petróleo. E dito isto escuso-me a explicar o caminho da crise. É só replicar o que se passou ou passa com os países de petróleo por esse mundo fora. É tiro e queda: crise petrolífera, crise económica, crise financeira, crise institucional, crise humanitária e para os menos bafejados, a guerra. Nem me dedico a explanar sobre quão nefasta é a influência comunista no regime actual.
O que mais interessa realçar é que o país vive sob uma ditadura de um louco. A população vive mal e sem liberdade. Hoje soubemos que largas zonas de Caracas estão sem electricidade, como há uns dias soubemos que faltava água e há dois anos percebemos que, com a inflação, um quilo de carne ou um pacote de sabão em pó custavam mais do que um salário. Funcionários do estado, meios de comunicação governamentais e organismos de segurança dedicam-se a atacar páginas da internet de organizações dos direitos humanos (e sim, sei também que estes não são uns puros).
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