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6. Hungria
Há uns meses Viktor Orbán postou no Facebook a fotografia na Grande Hungria que incluía partes da Sérvia, Roménia, Eslováquia e Croácia.
No esboroar do império austro-húngaro, no final da Primeira Guerra Mundial, a Hungria foi forçada a ceder dois terços do seu território: o que corresponde hoje à Eslováquia, Croácia, parte da Eslovénia e outros territórios, que passaram a fazer parte dos novos estados da Jugoslávia e Checoslováquia, da Roménia e mesmo da parceira Áustria.
De recordar que foi com justificação nesta ferida nacional desenhada pelo Tratado de Trianon, que a Hungria participou na Segunda Grande Guerra do lado dos alemães. As relações actuais com a vizinhança são de desconfiança.
Há dois meses, e numa altura em que parte substancial da comunicação social independente foi subjugada por Orbán, veiculando apenas informação debitada pelo governo, no site de notícias Index 70 jornalistas demitiram-se em bloco, como forma de protesto contra interferências e pressões dos nacionalistas.
Segundo dados desta semana da União Europeia, 20.9 milhões de cidadãos de países terceiros residem nos Estados Membros, 4,7% da população total. Num período inferior a 12 meses, os Estados Membros da UE emitiram 3 milhões de autorizações de pedidos de residência.
A reabertura das fronteiras no Verão nos Balcãs estimulou a imigração ilegal. A 14 de Agosto o governo húngaro informava terem sido detidas duas centenas de traficantes de seres humanos. Comunicava ainda que os traficantes são não só sírios, afegãos, ucranianos e romenos, mas também húngaros e alertava que quanto mais forte for a pressão das polícias, mais sobe o preço pedido aos migrantes.
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