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10. Rússia e Ucrânia (e a Iniciativa dos Três Mares)
Em Março de 2014 foi assinado, pela Federação Russa e representantes da Crimeia, o Tratado de Anexação da República da Crimeia, cujos territórios fizeram parte da Ucrânia entre 1954 e 2014.
A Ucrânia não reconheceu a anexação e a independência da Crimeia. O Conselho Europeu e a Comissão Europeia também não. A Assembleia Geral da ONU aprovou uma Resolução declarando ilegal o referendo que conduziu à anexação.
Há 3 dias, militares ucranianos denunciaram a Rússia por agressão no leste da Ucrânia e de violação do acordo de cessar-fogo, com registo de morte de soldados ucranianos. Acusam os russos de estar a penetrar com as suas tropas nos territórios separatistas com o pretexto de proteger a população local, a quem dão suporte político e militar desde 2014, apesar de Moscovo negar.
Os admiradores de Moscovo referem-se aos separatistas como populações que se insurgem contra o golpe de estado fascista de 2014. Aludem ao afastamento do antigo presidente Yanukovych, que recusou o acordo de associação política e económica com a União Europeia, preferindo estreitar laços com a Rússia. E aos confrontos violentos que opuseram os manifestantes defensores do alinhamento pela Europa e as polícias. Processo que desembocou nas eleições em Maio de 2014, que elegeram Petro Poroshenko.
As forças norte-americanas estacionadas na Europa estão em alerta face a potencial crise iminente.
Paralelamente, desde 2016, está em curso um plano geopolítico designado Iniciativa dos Três Mares entre os países situados entre o Mar Báltico, o Mar Adriático e o Mar Negro, (Áustria, Roménia, Bulgária, Eslovénia e Croácia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria), cujo propósito é, segundo os promotores, beneficiar a zona dos níveis de desenvolvimento europeus criando através de infra-estruturas digitais (comunicações), de transportes (rodoviários e ferroviários) e da energia um corredor de acesso ao mar de norte a sul. Os financiadores dos projectos serão além da União Europeia e dos E.U.A., a China. Nem todos os países europeus são entusiastas deste projecto e a Rússia acusa a Iniciativa de representar interesses norte-americanos na Europa.
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