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Espaço e tempo para dizer o menos possível. Ou talvez não. Sempre haverá o que dizer.
A propósito de devaneios, passos arriscados e asneiras, deixo um trecho (e anotações) do Auto de Mofina Mendes.
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Aqui têm este link brasileiro para o texto integral do Auto. Por preguiça não procurei uma edição portuguesa, mas podem sempre tentar numa biblioteca digital.
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Do almoço de Sábado relevou sobretudo a referência da minha mãe à Mofina Mendes. E como as conversas e a leitura são como as cerejas, concluo que tendo ao que parece sangue judeu q.b., não há como não reconhecer a semelhança com os ciganos. Heresia, heresia. Dirão os puros e os sofisticados.
Aproveito para contar uma anedota do habitual repertório cá de casa.
A mulher cigana chega a casa vinda da praça e conta ao marido: ai, Lelo. Encontrei uma cautela na rua. Diz logo ele: se sair a sorte grande, compro uma carrinha. O filho mais velho: eu vou à frente ao lado do pai. O filho do meio: não, não, quem vai à frente sou eu. O mais novo: não, eu é que sou o mais novo. Vou eu, vocês vão na bagageira. A mãe: não, meus filhos, eu vou à frente com o pai. Vocês vão todos na bagageira. Vira-se o cigano muito zangado: estou farto disto. Todos para fora do carro, já.
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O meu pai veio tomar café ao final da tarde e pôs-me fora do carro. Deixou-me K.O.
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