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Hoje ao fim da manhã na empresa levantei a mão pousada junto ao teclado olhando instintivamente para o movimento. Em baixo da mão, não sei como nem “cumo”, estava um pequeno insecto de cor castanho-claro com pouco mais de meio centímetro de patas para o ar. Fiz a fita própria daquilo a que chamo desde a adolescência citadina parvalhona. Assim me mimoseava a partir do momento que passei a viver longe do campo e me assustava ou enojava com a bicharada. Saltei da cadeira com interjeições várias, fui buscar papel à cozinha e deitei o bicharoco no caixote de lixo. Fiquei a pensar que não sabia o nome. Depois de conversar chegámos à conclusão que talvez seja uma espécie escaravelho. Como foi lá parar? Possivelmente agarrado à roupa ou situação parecida. Tudo me ocorreu, desde o simbolismo do escaravelho até ao conto infantil A maior flor do mundo de José Saramago, passando pelo parentesco com a coleóptera carocha.
Já em casa depois do jantar percebi a real importância do achado de hoje – Deus revela a sua grandeza nas pequenas coisas. Para tentar encontrar o bicharoco e ficar a saber o nome fui pesquisar escaravelhos na página da Wilder. E que fui encontrar, céus? O tal insecto cor de laranja que invadia Valinhas. Chama-se percevejo-do-fogo ou percevejo-da-tília, o que faz todo o sentido – procurar a causa das coisas ajuda, apesar da exaustão a que conduz.
Conclusão: encontrei resposta para dúvida antiga da série (futuro hipotético livro) Tílias.
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