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Sobre a pulverização partidária poderei estar a confundir o que é ou será com o que deveria ser mas, apesar de algum temor, não estou convencida da inevitabilidade da degradação da democracia em Portugal por contaminação de radicalismos e populismos. Não me esqueço de há dezoito anos alguém de esquerda me anunciar a morte do PS como grande partido de poder, prevendo a ascensão de BE a votações na ordem dos 20%. E de voltar a ouvir semelhante comentário mais tarde.
Para o melhor e para o pior Portugal é o país do ‘temos que ser uns para os outros’ e isto em política traduz-se por sacrificar a ideologia em troca de uma fatia de poder ou influência (para os eleitos) e de conforto financeiro (para os eleitores). E os arranjos fazem-se ao centro e não nas franjas, pelo que a reconfiguração pode traduzir-se em 'parte baralha e volta a dar' alargando um pouco a influência às franjas. Na esquerda já se verificou. Na direita, a ver vamos se recompõe e faz esse o caminho.
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Adenda. Texto inicialmente publicado na caixa de comentários do blogue Delito de Opinião.
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