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Espaço e tempo para dizer o menos possível. Ou talvez não. Sempre haverá o que dizer.
Para que quiseste viajar por aquele destino improvável, ler o livro destacado no escaparate, assistir à peça de teatro com aquela actriz de mão-cheia, ver o filme de que te falou a prima, discutir o assunto que fervilha no dia, pedalar freneticamente a bicicleta, ouvir música que mostrou o amigo, jantar especial com a cara-metade? Terá sido para ter mão e propriedade na novidade? Para sossegar o vazio que corrói por dentro? Para tomar conhecimento e pôr o visto? Para ter assunto com amigos e conhecidos? Tema para mais uma entrada no facebook, twitter, instagram ou blogue? Para partilhar toda a experiência reduzida a relato do passado entretanto vivido. Tudo normal, não há mal nenhum nisso: é a vida nos dias de hoje. Mas, ainda que mal pergunte e passe o pleonasmo: no meio de tudo isso acaso ainda te lembras da sensação de sentir?
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