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Desta entrevista destaco o optimismo da Comissária Europeia da Coesão e das Reformas, Elisa Ferreira, e o que diz para além da bazuca. Dando relevo e prioridade às ajudas de Estado, que se por um lado podem desequilibrar o mercado comunitário, favorecendo países com maior capacidade para libertar essas ajudas às suas empresas, por outro, juntamente com os fundos estruturais (a fundo perdido), podem amenizar o mau efeito do endividamento. Espero que esteja certa neste segundo aspecto.
Ontem ouvi o José Gomes Ferreira na SIC muito optimista com o famigerado ‘quase finalmente operacional' Banco de Fomento.
Fala-se em procedimentos mais aligeirados e transparentes. Com menos intermediários. Mais rápidos e próximos das empresas, dos cidadãos, os verdadeiros destinatários dos fundos.
Oxalá tenham razão e não seja mais um flop, como já vimos tantos. Que não contribua para o acentuar das disparidades entre países. Será que vamos aproveitar as tais ajudas a fundo perdido e fazer reformas? Daquelas que doem, e que os socialistas sempre se negaram a fazer e sempre impediram que outros governos as fizessem. Ou vamos cerrar fileiras em contínuo endividamento, a cantar de galo, mas mantendo-nos enrolados para todo sempre com a corda na garganta, a fazer de conta que somos um país autónomo, economicamente viável e respeitável?
E é assim a vida de quem considera ter direito a viver sempre acima do justo e razoável. A indignação há-de passar e outras virão, e tudo permanecerá tal qual sempre foi desde que o mundo é mundo. Enquanto isso há 110 mil empresas com pedido de lay-off, cujo requisito base é a diminuição em pelo menos 40% da facturação. Tendo sido abrangidas efectivamente pela medida 60%, o que representa 780 mil pessoas. Em Abril, o desemprego aumentou 22% face a Abril de 2019, e como lembra (desta vez bem) o senhor presidente o lay-off tem amortecido o desemprego latente. Veremos até quando poderá ser esticado.
Com ensinam os africanos: sob as patas do elefante quem sofre é o capim.
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