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Espaço e tempo para dizer o menos possível. Ou talvez não. Sempre haverá o que dizer.
O artigo O PS vai dar um Orbán a Portugal?, no qual Rui Ramos faz o que chama uma 'interpretação de uma possibilidade política', é um manifesto de má-fé. E custa ver isto numa pessoa que tantas vezes leio ou oiço com gosto. A tese simplificada: há um bloco eleitoral de dependentes do Estado, que pode naturalmente transferir-se do PS para a direita encabeçada por Rui Rio e André Ventura. Entre a direita reformista do passado e a direita que quer apenas ocupar o Estado - ou seja, clientelista -, Rui Ramos, numa dissertação mais elaborada que quem quiser pode ler, coloca Rui Rio na segunda categoria. Ora, não custa perguntar se o passado de Rui Rio na condução de cargos públicos prenuncia que venha a ser um líder populista sustentado por clientelas. Respondo: não. Antes pelo contrário. Mas isto não interessa nada a quem argumenta com base em ódios e estimas não ancoradas nos factos, mas em preconceitos de gosto.
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