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[...] convencida pela irmã T. que o pequeno J., com saúde tão frágil não aguentaria a viagem, pelo que ficaria aos cuidados dos tios naquela casa, que entretanto fora comprada pelo tio A. T.. Estávamos nos anos vinte, minha filha. Passam cem anos. E oitenta anos depois, estávamos na viragem para o século xxi, o teu bisavô ainda ligava diariamente para o Brasil para ouvir a voz do irmão ou da mãe. Habituou-se a ir à cabine, e tinha o estratagema de segurar na moeda, e demorar apenas uns brevíssimos segundos. O importante é que o irmão dissesse: está tudo bem. Era suficiente [...]
[...] Havia outros contactos esporádicos, quando a conversa de estendia. O grande desejo do avô J., realizado três ou quatro vezes na vida, era atravessar o Atlântico para estar com a mãe e o irmão. As viagens ao Brasil resgatavam essa saudade.
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